sexta-feira, 15 de maio de 2009

Pelo meu canto

Não necessito mais nada nessa minha condição falível, talvez um pouco de comida,
ou um pouco d´agua;

Tenho o café por um mimo, mas se faltares, não farei aversão ou criarei rechaços, um pouco d'água já esta de bom tamanho;

Busco ordinariamente o conhecimento, mas nem faço tanta questão, embora tenha a loucura como escândalo... Até a temo.

Quero só ficar no meu canto, igual a um cachorro, que faz festa quando chega alguém e rosna quando se aproximam de sua comida...

Quando um cheiro o exita e quando um carinho o faz ainda mais manhoso, quando a própria morte, estonteante se aproxima e ele cai no vazio de uma aguda tristeza e se isola.

Morre...

Malungo Mário

Um comentário:

Eduardo Truhlar Martins disse...

Belo texto! Simplesmente emocionante... Isso faz nos lembrar que não se pode "ajuntar tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os corróem". É preciso viver e buscar conhecimentos a todo instante. Deixo aqui uma dica de leitura para todos os que por aqui passam: "Da tranquilidade da alma" de Sêneca. Um clássico da filosofia estóica.