tag:blogger.com,1999:blog-56252424766357335302024-02-20T06:44:55.911-08:00O Sétimo CandeeiroEste é o blog de lançamento do livro "O Sétimo Candeeiro" criado por Mário Casasanta Neto e André Alvares Meira; catingueiros de coração, alma e carne, que trazem no sangue e no espírito a vivência de todo um povo, cuja origem, no natural é seguida, no natural... Sejam bem-vindos e acompanhe as postagens acrescentando os comentários...
Nosso abraço suado!O Sétimo Candeeirohttp://www.blogger.com/profile/13975144162142804464noreply@blogger.comBlogger14125tag:blogger.com,1999:blog-5625242476635733530.post-61932296135393288772010-10-18T14:10:00.000-07:002010-10-18T14:12:18.002-07:00salve malungo..<div><br /></div><div>louvado seja nosso senhor Jesus Cristo.</div><div><br /></div><div>Malungo teu post me deixou com uma vergonha deliciosa de se sentir...</div><div><br /></div><div>hj a vida me da a graça de ser teu amigo...</div><div><br /></div><div>salve salve..</div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><span class="Apple-style-span" >Malungo Mario</span></div>O Sétimo Candeeirohttp://www.blogger.com/profile/13975144162142804464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5625242476635733530.post-44808981897168140232010-09-22T09:26:00.000-07:002010-09-22T09:46:40.839-07:00O candeeiro ainda está acesoO clarão sagrado ainda arde!<div> Bernard-Henry Lévy dizia: "Sou judeu por parte da minha mãe e do meu pai. Sou judeu por parte de Lévinas, Buber, Rosenzweig. Sou judeu porque ser judeu significa amar mais a lei do que a terra e a letra tanto quanto o espírito." Mas não sei se é por isso. Sei que tu tens esse sangue, Malungo, tens esse testemunho, essa certeza da dureza da vida, da estrada sangrenta onde jogaram os hebreus.</div><div> E sabes, assim, Malungo Mário, a duvidar das coisas. A sabê-las por outro conteúdo, a desconhecê-las, conhecendo-as.</div><div> Tu, Malungo Mário, cujo poder mental é à guisa da cabra inquieta, fustigante, forte... Não para! Ele, minha gente, deve está, catingueiro de espírito que é, vagando nos campos brancos das caatingas cósmicas, pensando o que seria se fosse ele um raio de luz. Tens o poder, ó Malungo, de ser grande e tu sabe dessa peste, tu é consciente disso... Sabido que só ele! </div><div> Tô falando isso por conta do penúltimo <i>post</i>. Falou tudo, Malungo!</div><div> Aqui me aquieto, bebo dessa água salobra de Poço do Boi. Fico remoendo como a vaca Milongueta de Ludugero.Nosso texto é o espargir de emoções violentas que surgem, amiúde, dentro de nós mesmos, pois anseiamos nesta linguagem muito nossa, muito exígua, a consciência universal de irmandade, de homens e mulheres reunidos tão somente debaixo ou ao redor do sétimo candeeiro.</div><div> Vou até rasgar uma nesga desse seu penúltimo <i>post</i>. Foi perfeito demais! Perfeito demais Malungo: "posso contar-lhes que não podemos sentir a dor de ser o que somos e o modo como encaramos as coisas faz a diferença.. Ja vi pessoas felizes que sofriam por ser o que eram, mas se viam ainda mais lúcidos e assim encontraram a felicidade..."</div><div> O clarão sagrado ainda arde! </div><div> Claro como as noites do sertão. Estou ouvindo, Malungo, nesse momento Capelinha do Chico Mineiro, quem canta é Zico e Zeca e me dá aquela saudade. De Salinas, do queijo bom, da cachaça amarelinha escorrendo copo abaixo. Quando falávamos, sem pretender, desdes mundos ignotos, desses espaços infinitos das idéias, das nossas inquietações profundas deste fenômeno de vida. "O modo como encaramos as coisas faz a diferença.." - Você sintetiza! Quando o próprio Lévy afundava os grandes do século XIX, numa crítica dura em seu <i>La Barbarie à visage humain</i> um deles, Nietzsche, não estava de todo errado em um aspecto... Eu também sou de direita, mas oxalá! Todos soubessem do que Nietzsche dizia daquela "transvalorização de todos os valores" - É a verdade Malungo! A parte mais poderosa do discurso do homem de Röcken.</div><div> Uns procuravam e ainda procuram, Malungo, em vão, nas igrejas,sua consciência. Tu já sabia. Contava pra Tides, pra mim, pra todos e nós nem thum... Vou permanecer aqui. Pelejando, pelejando! Posto alguma coisa outro dia, por que tem que ser assim, Malungo, saído da alma, dessa coisa informe e amorfa que preenche o vasto espaço negro, frio e sem vida do mundo.</div><div> O sol fustiga também. Vou descer os Pombos, vou parar na Lapa. De lá, cantarei sobre o seu Morro e falarei de tua Dulcinéia, aquela que disse ser a mais bela das donzelas. Falarei dela às águas do São Francisco e elas espelharão o seu rosto, tremido pela correnteza, opaco pela lama. O São Francisco é alguma coisa parecida com eles... "O modo como encaramos as coisas faz a diferença.."</div><div> Discutir com eles é perder tempo. São religiosos. Tapados. Idiotas. O melhor que se faz é prendê-los no seu próprio orgulho, fazendo-os crer que sabem e depois se desgraçam quando descobrem seu ledo engano. Desconhecem o lado oculto da vida, esta parte mais seca, mais pedregosa, de água mais salobra... Assim como sabem pouco, muito pouco do sertão de nossa terra, da caatinga, Malungo!</div><div> Fiz alguns acertos. Retirei alguns espinhos, debastei algum mato, arranquei urtiga, ajeitei a cerca, caiei a casa, limpei o feijão-de-corda do seu último post, ainda tenho aquela desgraça de Transtorno Obssessivo Compulsivo.</div><div> O clarão sagrado ainda arde! E não neguei Cristo três vezes...</div><div><br /></div><div><span class="Apple-style-span"> Malungo André</span></div>O Sétimo Candeeirohttp://www.blogger.com/profile/13975144162142804464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5625242476635733530.post-76849631648138956732010-08-08T16:14:00.000-07:002010-09-22T09:26:23.501-07:00Do fim ao começoPelos meios, neles, a dor de desejar...<div> Em nós o fogo da emoção de ser humanos!<div> Entre eles e nós: uma esperança!</div></div><div><br /></div><div><span class="Apple-style-span" >Malungo Mário</span></div>O Sétimo Candeeirohttp://www.blogger.com/profile/13975144162142804464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5625242476635733530.post-65753879051166065012010-08-07T17:58:00.000-07:002010-09-22T09:25:05.503-07:00Sobre o sentido da vida...Salve! Salve! Malungada...<div>Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!</div><div><br /></div><div>Calma meu povo, num é nenhum grito de conversão mas só um comentário aos ares.. Já se vai quase um ano sem nenhum <i>post</i> aí a consciência doeu..</div><div>Malungo André estava meio afastado pois finalizava seu livro que em breve estará nas livrarias... Eu como mero dependente, parasita, nada faço sem seu estímulo..</div><div>Vira e mexe me inquietam com esse fervo, bagunça, que é o sentido da vida.. E eu lá sou homem de tirar conclusões? Sei de fato que pra aprender a escrever só escrevendo, caminhar caminhando e por aí vai...</div><div>Viver... Vivendo...</div><div>Posso contar-lhes que não podemos sentir a dor de ser o que somos e o modo como encaramos as coisas faz a diferença.. Já vi pessoas felizes que sofriam por ser o que eram, mas se viam ainda mais lúcidos e assim encontraram a felicidade...</div><div>Muitas vezes defendi que a felicidade esta num copo de café... Ou no beijo de minha Dulcinéia (Joany Cristina, a mais bela das donzelas)... No sol da tarde... Ou numa sombra quando não se arde sob o sol..</div><div>A felicidade é isso.. É a vida...</div><div><br /></div><div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); ">Malungo Mario</span></div>O Sétimo Candeeirohttp://www.blogger.com/profile/13975144162142804464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5625242476635733530.post-44812343887685045482009-05-15T07:48:00.000-07:002010-09-22T09:21:50.849-07:00Pelo meu canto<p class="MsoNormal">Não necessito mais nada nessa minha condição falível, talvez um pouco de comida,<br />ou um pouco d´agua;</p><p class="MsoNormal">Tenho o café por um mimo, mas se faltares, não farei aversão ou criarei rechaços, um pouco d'água já esta de bom tamanho;</p> <p class="MsoNormal">Busco ordinariamente o conhecimento, mas nem faço tanta questão, embora tenha a loucura como escândalo... Até a temo.</p> <p class="MsoNormal">Quero só ficar no meu canto, igual a um cachorro, que faz festa quando chega alguém e rosna quando se aproximam de sua comida...</p> <p class="MsoNormal">Quando um cheiro o exita e quando um carinho o faz ainda mais manhoso, quando a própria morte, estonteante se aproxima e ele cai no vazio de uma aguda tristeza e se isola.</p><p class="MsoNormal">Morre...</p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0); ">Malungo Mário</span></p>O Sétimo Candeeirohttp://www.blogger.com/profile/13975144162142804464noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5625242476635733530.post-17163636425002438842009-03-21T09:28:00.000-07:002010-09-22T09:20:31.942-07:00Estimado Sétimo Candeeiro<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px; ">"O berço da sepultura não difere, em nenhuma hipótese, de caminhar em um jardim de rosas;"</span><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px; "><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px; "></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px; ">Retomemos então nosso estimado sétimo candeeiro... M</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px; ">alungo André tem insistido em que eu seja menos relapso, confesso que minha afastadez é fruto de uma sede por poder, trabalho me tomando o tempo, que nem sabemos se existe, logo, outro trabalho criado, da raiz da terra de Salinas, onde a vida brota das belezas do cotidiano, da mulher que acorda as três da manhã e cria os filhos do suor do rosto, acaba ficando meio deixado de lado.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px; "></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px; ">Escutando Vital Farias resolvi tomar modos e continuar o Sétimo Candeeiro, como Malungo ja sabe dos desejos de retornar a minha terra creio que só no berço de minha querência conseguiremos terminar nossa tarefa. mas confesso... Comprarei um violão novo (o meu anda meio acabadinho) e deitado sobre o colo deste instrumento babilônico arrumarei inspiração, pra, quem sabe tentar desfeixar esse negócio.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px; "></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px; ">Agora ja sem saco pra continuar este <i>post</i> e com uma gripe que me arrefece os gostos vou me já(risos)...</span><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px;">Salve! Salve!</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0);">Malungo Mario</span><br /></span><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px;"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px;"><br /></span></div></div></div>O Sétimo Candeeirohttp://www.blogger.com/profile/13975144162142804464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5625242476635733530.post-27516654770978962272008-11-19T09:48:00.000-08:002008-11-19T13:11:10.675-08:00Ranca tôco na ribadaA vasta diversidade que forma o mosaíco cultural do Brasil é mesmo impressionante. De norte a sul, de leste a oeste, este país escancara ao mundo sua profunda capacidade cultural, cravada nos modos e jeitos de seu povo. E mesmo com toda a capacidade artística, em toda a sua dimensão, nada há que mais carcterize um povo do que seu aspecto linguístico. Tão dinâmico e necessário é esta porção da cultura para a racionalização de um lugar que não admiramos quando Pessoa já discurssava "Minha pátria é minha língua".<br />E se toda a opulência artística de um povo se concretiza e se traduz, em última análise, pela presença marcante de sua língua é fundamental que esta porção seja levada com mais cuidado pelos nossos entendidos. Não que eu desvalorize, de forma alguma as outras formas de artes, sei que aquelas também expressam muito bem nossa alma miscigenada e nossas raízes mais amargas. Assim, não quero que elas sejam esquecidas, apenas que a língua sobressaia, sim, altaneira e saliente sobre as demais, por ser, em justa causa, uma espécie de mãe de todas as demais.<br />E mesmo quando louvamos o último traço do pintor sobre a tela, assim o fazemos pela fala: Que incrível! E veja que vai daí uma grande realidade, pois que, ainda os mudos que nada falam expressam mesmo com grunhidos e sons estridentes, no "gutural do som" como quer o Casasanta, mas que há uma comunicação, um dialeto qualquer que diz de seu louvor, de seu agrado ou desagrado.<br />E como é grande o valor dialetal. Uma amiga gaúcha que tenho costumava sempre me escrever e fazia questão de inicar ali e acolá o seu parágrafo com o tradicional "Bah! Tchê!". Mário, aquele mesmo, malungo Mário que divide comigo essa missão ora penosa, ora divina, ora infernal, me escrevia falando de Nietzsche e expressava, naturalmente "Sô!", "Uai!", "Trem bão!", mineiro que é que jamais deixa de ser, por isso tão grande alma, tão original. Um outro amigo, paraibano que estimo como um irmão, Salustiano, diz palavras tão próximas de sua terra que mais pareço estar na Paraíba de Patos ou Cajazeiras do que no agreste baiano. "Tu vai butar os causos do homem", "Esse bicho é um cabra sem vergonha!" e quando conta um causo aqui e outro acolá fala do "corta-jaca", "das presepadas", do xerém...<br /> Não, amigos leitores meus, não estranhe esta mistura alucinante. Está no Brasil de minha terra natal, o mesmo Brasil de Dumont e Cascudo, de Gonzaga e Elomar, de Castro Alves e Machado de Assis. Está no Brasil das hospitalidades marcantes, no Brasil da Semana de Arte Moderna, no País do Carnaval, de Garrincha, Pelé e Oswaldo de Andrade, tão misturados quanto o poema dele da chegada dos portugueses, por que de fato, aqui, misteriosamente, tudo vira carnaval, tudo vira outra coisa, qualquer que seja ela, porém sei que é qualquer coisa de melhor por que é muito nosso, brasileiríssimo, inovar e inovar muito e inovar sempre.<br />E lá na caatinga de minha terra, há também uma outra língua, uma outra forma, uma outra posição de falar. Não que falemos errado, não que falemos certo, falemos à catingueira e quem não gostar, o que podemos fazer? Estudamos, aprendemos um pouco daquilo convencionalmente correto e deveríamos seguir assim... Mas eu não sei direito, não entendo se foi a fruta de palma ou o doce áspero da fruta de juá; Não sei se foi o amisco que o bode tem e o carneiro não, seja lá o que for que excita as minha papilas gustativas, minha língua coça e tenho que falar assim, por que afinal sou, necessariamente um homem sertanejo.<br />Eu sou o boi arribado e não houve, até hoje vaqueiro bom, de gravata ou não, de guatambu ou não, que houvesse corajosamente de embremhar-se na caatinga e me tirado daqui. Não faltara a alguns a tentativa efêmera, mas é que o cheiro forte do alecrim cheiroso embalsamando os ares com o seu perfume suave o convencera dessa mesma verdade e quantos já não viraram catingueiros!<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Malungo André</span>O Sétimo Candeeirohttp://www.blogger.com/profile/13975144162142804464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5625242476635733530.post-13457450451373161002008-10-18T10:01:00.001-07:002010-09-22T09:17:51.414-07:00Sobre a matriz tupi!Estava eu, minha pessoa, eu mesmo, assistindo um vídeo sobre os povos indígenas que habitaram nossa terra antes de a gente. Interessante parte me marcou, disseram: para o índio não existe cisão entre o trabalho e a arte.<div>Fiquei pois matutando com essa bendita frase na cabeça, como não diferenciar?</div><div>Para os índios cada coisa tinha seu espírito, por exemplo, espírito da floresta, da planta, do macaco, da colheita, da feitura das coisas, etc. A visão holística, fazia com que a própria vida fosse, para eles uma obra de arte tão perfeita que praticamente não necessitasse de arte. As coisas simples do cotidiano são uma obra de arte. </div><div>Recorri portanto ao Sétimo Candeeiro onde também isso. ressaltamos o sentido do coeso, consensual, ordinário; e assim, no sim no não, descobrimos, longe daquela malandragem de Zé Carioca, o perfeito sentido do cada instante o último.</div><div>O nordestino, eu penso, segue este caminho, existe a arte como transmição do belo; ele se alegra com ela mas, o labutar cotidiano chama, obrigatoriamente a maturidade; chama a descobrir o belo no simples...</div><div>penso que este seja o objetivo deste livro!!!</div><div><br /></div><div><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(255, 0, 0);">Malungo Mario</span></div>O Sétimo Candeeirohttp://www.blogger.com/profile/13975144162142804464noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5625242476635733530.post-80227414739661236852008-10-07T12:50:00.000-07:002008-10-07T13:14:58.616-07:00Céu de AllahE continuamos aqui, sob este céu a dizer alguma coisa. Ora eu, outra o malungo Mário... Mas é que queremos que aqui se reúnam todos, eu e você e que venha beber dessa mesma bebida forte que nos fazem pensar o espírito! Por que este é um livro de sertão, mas não. Algumas palavras, mesmo em desalinho, e que não temos interesse de privá-las por que elas nasceram livres e livres hão de nunca morrer... E se há essa natureza eterna na palavra é que a alma catingueira, cismada, pensativa, verdade que produz sempre... E nesta terra nossa, nessas regiões pitorescas nós pensamos e viajamos e galopamos num cavalo alado, cujo nome é um só e cujo chão, pedregoso como o seu próprio e inexaurível destino permite.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Malungo André</span>O Sétimo Candeeirohttp://www.blogger.com/profile/13975144162142804464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5625242476635733530.post-69757860747481908922008-10-05T19:04:00.000-07:002008-10-07T13:15:18.781-07:00Palavras que estimulam a escritaPovo... para tudo na vida temos um objetivo.. fato; neste momento escuto somewhere over the rainbow, na interpretação daquele cabra lá do havaí... então... escutando esta musica deduzi que daqui um cado de tempo e todos nós estaremos mortos.. nada de profanação dos altos conceitos através da religião, mas adotar na religião o que é positivo e viver com liberdade. (obs: sou um moço de igreja viu?)<br />Mas escutando o som das coisas simples e descobrindo o de mais puro pensei: tem palavras que só de escutar ja da vontade de escrever... eu colocarei algumas e vcs complementam afinal o objetivo deste blog é interação:<br />sabedoria, solicitude, esperança, amargoso, bem querência, buniteza, beleza, amor, paz, vida, etc...<br />vê só: "na viver da bem querência daquele povo,solicito, vi que toda a buniteza na verdade vem do solo amargoso do sertão, porém, todo cheio de amor, paz sofrida e vida.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Malungo Mario</span>O Sétimo Candeeirohttp://www.blogger.com/profile/13975144162142804464noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5625242476635733530.post-81943833013086673732008-10-03T09:16:00.000-07:002008-10-03T09:28:46.452-07:00AndançasHomem tem que ser de palavra. Não varia. Eu vario. Oscilo, mudo, cambaleio. Como o instinto dessas aves migratórias que por aqui passam na busca feliz de novas plagas... E meu pensamento pombo-correio: Sempre vai... Sempre volta...<br />Andei lendo que isso é mesmo coisa de judeu, sempre teimoso; discordante. Mas é que sinto vontade de teimar ainda que esse outro eu não concorde comigo! E aí é que teimo pra valer. Eu posso dizer mais alto e ouvir mais alto ainda quando ele destoa a voz já grande de um pensamento errante, meu. Pois lá nada se parece com coisa frágil, é duro, feroz, feito de uma ação mais duradoura, menos pequena.<br />E quando entro em debate comigo mesmo, sempre irrito, sempre exulto. No final as coisas, as contas acabam bem, não por que devessem acabar assim como num capricho mesquinho, que se cala, fazer bonito. Não. Mas por que, parturiente daquela verdade maior, a busca, sempre entoa um canto novo, um novo milagre da descoberta. E assim, novo, sempre novo, saboreio a vida. E na mesma medida em que penso na amizade do tempo, também vejo nele um inimigo. Me dá o prazer da vida, se vivida. Experimentada, saboreada igual esse café que bebo aos goles. E que deveria ser bebido sem medida de tempo, sem que o facão cortasse num pedaço só a parte dele. A parte do cuscuz comestível. O cuscuz, meu todo, o abraço que faço no eterno, o deus que eu sinto, vivo, experimento; o pedaço, esfarinhado no prato ou na tábua do periquito, vida menor, essência mesma, porém menor da amplidão do milharal que lho formara alhures. Não sei se quem um dia ler estas palavras de um caatingueiro que acha que sabe alguma coisa, vai entender a lição que a imagem, visual que sou, o cuscuz dá-me. Mas é do cuscuz, inteiro, esfarinhado, esparramado que chego à minha realidade dicotômica, verdade talvez final daquilo que ando pensando quando o sono não vem.<br />O pedaço do cuscuz é bom, quando no fundo o tempo é um amigo, inseparável, companheiro, generoso e tira o gosto da boca, solícita, por que não consigo comê-lo todo. Assim é. Assim penso. Quem sabe Biluca pensa assim também! E seja assim conosco. E quando tu vier, eu te comprarei da colônia e te banharei nessa essência de tempo, gabará, dirá uma louvação e menina, moça naquela chita e nas anáguas sérias então haverá um todo de amor, um todo de vida na crueza incerta, ainda mais crueza, de todo esse nosso trajeto!<br /><span style="color:#ff0000;"></span><br /><span style="color:#ff0000;">Malungo André</span>O Sétimo Candeeirohttp://www.blogger.com/profile/13975144162142804464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5625242476635733530.post-87005838942310187992008-09-18T06:55:00.001-07:002008-10-03T09:32:45.733-07:00Os anjos do Sertão"No sertão como em qualquer lugar, tem no algum dos anjos; quem é o anjo de alguém é fato, comiseração, consideração no também; mas de pouca definição se leva a um todo maior. O horizonte sertanejo é por demais indefinido, as coisas vão e vem e só sabemos quem é o verdadeiro anjo no fim de tudo, quando, cabeça sobre o travesseiro, anjo vem trazer, sorrateiro, água quente..."<br />Esta breve introdução creio que seria acompanhada com perfeição da musica "Chuva no terreiro" de Mestre Elomar. Buscamos sempre durante o livro dar um enfoque a personalidade das pessoas, exemplo foi o texto que malungo André postou anterior a este. Épróprio de gente simples reconhecer a personalidade,moderno preocupa demais com o cabelo e roupa. Lá, nada mais, sabe que o sapato novo pode de tá as vezes apertando como o de Fabiano e sua esposa no Vidas Secas de Graciliano. A verdade que meu povo mostra, não é mostrada. é sentida. Se não se usa o coração vossa pessoa pessoa esta longe de entender qualquer coisa....<br />Graças a Deus, bom Senhor, ainda me concede a pobreza de coração, porque assim,ainda que com dinheiro na bolsa riqueza nenhuma aflige.<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Malungo Mário</span>O Sétimo Candeeirohttp://www.blogger.com/profile/13975144162142804464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5625242476635733530.post-57996414821020677132008-09-17T07:52:00.000-07:002008-10-03T09:30:08.494-07:00Desapeia, macho!Foi naquele umbuzeirinho da quina do rio, seco, que deixei anteontem meu gibão, facão e também a pederneira que ganhei a Chico Terto; mas Braque também ficou lá, cachorro é igual gente, quando confia é pra valer, eu sei! E há por essas regiões remotas, onde nem sei se a “terra esposa a lua”, muito dessas coisas grandes e que aprendemos... Há nas cacimbas abertas e na água salobra um toque de sertão que me espanta... Um sertão ainda mais meu, ainda mais misturado de mim. E se furo os pés no espinho miserável ou se a pele arde ao toque terrível da cansanção é por que de fato estou na caatinga de minha terra e de lá, mormaço quente e bafo de um clima estranhamente agradável, Secret de Polichinelle, deve haver sim, mil sonhos lindos naquele céu aberto de calor e esperança. À noite então, malungo a malungo, chegam, viola plangente, cantando coco e modas dos meus tempos idos.<br />E eu quero que este ano também seja assim, nas águas. Haverá de um vento amigo trazer aqueles sons distantes, que ora parecem gritos, ora gemidos, ora notas melodiosas que nem sei se daqui são.<br />E haveremos também, malungo a malungo, reunir os nossos versos de cantigas e dizer em algumas palavras simples, entendíveis, alguma coisa que realmente toque aquele espírito mais sequioso da verdade e não se iluda de aqui é terra para muito sonhar, se vê.<br />Bendiga os periquitos e as manchas escuras dos juazeiros, igual a mim e a mulher do meu amor que me acode em minhas incertezas de homem meio catingueiro, meio tudo, inclusive catingueiro!<br />Aqui há esperança, há um cheiro de saudade daquilo que está por vir... Entre Inhô, repara não, se assenta no banco... “Café pro home, Nice!”<br /><br /><span style="color:#33cc00;"><span style="color:#ff0000;">Malungo André</span> </span>O Sétimo Candeeirohttp://www.blogger.com/profile/13975144162142804464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5625242476635733530.post-12290357423594282472008-09-16T09:08:00.000-07:002008-10-03T09:30:43.286-07:00Entre... Entre... Se achegue, seu moço!Amigos leitores:<br /><br />Conforme dito na descrição, este blog é um pré lançamento do livro "O Sétimo Candeeiro"; Nosso livro aborda a vida de nosso povo. Vamos no conseqüinte levantar questões de nossa terra e estar mostrando, no simples, comum, as muitas coisas por que passamos e que o povo passa, feliz.<br />A idéia surgiu de um diálogo do malungo André e minha pessoa pela Internet e vistas de textos e músicas de Mestre Elomar em seu web site.<br />Se vossas pessoas acham que virão criticar nosso português refuto desde ja a hipótese de agrado, pois como catingueiros escrevemos com o coração, não essa merda de reforma gramatical, claro sem excluir a importância desta, mas escrita de coração... Cada vírgula e cada ponto é algo sentido, nada fora do lugar, dito!<br />Portanto, sejam bem-vindos; a apreciação da obra que malungo André e eu tão denotadamente escrevemos pede muito de vocês; estilo interpretação nas hostes adivinho; mas, se nosso povo entende e o texto saiu bonito. quem vai dizer?<br /><br /><span style="color:#ff0000;">Malungo Mário</span>O Sétimo Candeeirohttp://www.blogger.com/profile/13975144162142804464noreply@blogger.com2