terça-feira, 7 de outubro de 2008

Céu de Allah

E continuamos aqui, sob este céu a dizer alguma coisa. Ora eu, outra o malungo Mário... Mas é que queremos que aqui se reúnam todos, eu e você e que venha beber dessa mesma bebida forte que nos fazem pensar o espírito! Por que este é um livro de sertão, mas não. Algumas palavras, mesmo em desalinho, e que não temos interesse de privá-las por que elas nasceram livres e livres hão de nunca morrer... E se há essa natureza eterna na palavra é que a alma catingueira, cismada, pensativa, verdade que produz sempre... E nesta terra nossa, nessas regiões pitorescas nós pensamos e viajamos e galopamos num cavalo alado, cujo nome é um só e cujo chão, pedregoso como o seu próprio e inexaurível destino permite.

Malungo André

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